A Arte de Ser Sozinha

São Luís, 5 de dezembro de 2011

Não saber qual o seu lugar no mundo é uma coisa chata e encontrar seu lugar é uma tarefa árdua. Eu nunca me encaixei onde as pessoas julgavam o lugar correto. Na infância gostava de andar com os meninos, correr na rua, me sujar, me jogar. Ser criança. Na adolescência andei com as meninas, saí com as meninas, paquerei com as meninas, mas nunca me senti parte das meninas... E agora, uma jovem adulta, não me encaixo no mundo dos adultos. Parece que tudo é falso demais pra mim, me sinto alheia à tudo. Não me acostumei a sorrisos falsos, nem a abraços de plástico. Essa história de tapinha nas costas nunca foi pra mim. Nunca será! E assim me tornei alguém só. Alguém que mesmo cercada de gente ainda se sente só. E essa solidão não me incomoda, porque ela tem sido minha companheira desde criança posso perceber agora. Sou duas em uma só. Ou várias em uma só. Tenho essa parte que é madura, decidida, segura e ousada, que pode ser classificada como a minha parte adulta. Mas minha essência, quem eu sou tá nas minhas dúvidas, nos meus receios, nas parte que eu desconheço em mim, mas que me é tão familiar. Tão parte de mim, tão companheira e tão eu!
E assim, eu vou seguindo. Só, deslocada e feliz!!

Talídia

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