Nova Vida

Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2011

À minha querida Irresponsabilidade

Vivo momentos de agonia, desespero. A espera constante tem me destruído em silêncio e a cada dia que passa, caminho mais próximo à beira do precipício. O medo e ansiedade são as minhas melhores companhias até então. 
Estou muito satisfeita com a minha vida, não preciso de outra, pode até parecer egoísmo, mas não me vejo sendo acompanhada de uma outra vida pra viver, cuidar, ensinar a viver; eu ainda estou engatinhando com a minha que anda cheia de manias e mal criações. Estou bem sozinha, não preciso de uma vida nova que me prenda, ocupe o precioso tempo que tenho dedicado à problemas mais importante para a minha VIDA. 
Não venha com surpresas, apesar de eu apreciá-las, mas esse tipo de surpresa é uma ofensa, um desagrado, motivo de rejeição, insatisfação.
Te dei asas, criastes um mecanismo de voo super avançado, passou-me a perna e foi ganhar o mundo me deixando com dívidas, culpas, remorsos, arrependimentos. Aquele momento de tranquilidade se foi em segundos e Nova Vida se apresenta com audácia, quanto atrevimento. Culpa sua, culpa minha.
Acredito no fim, pois nada dura tanto tempo e quando voltares de tuas aventuras bem sucedidas, não passe na minha porta, não atravesse o meu caminho, não ouse me olhar nos olhos, pois teu destino será destruição. Estarei mais forte da próxima vez que tentares me derrubar e menos ingênua, não cairei nas tuas conversas.

Com ódio, Sophia Ellis.