Porque não nós?

Fortaleza, 10 de dezembro, céu nublado, sem estrelas, sem você.


Por que? Por que a blusa deixada, porque o beijo de despedida, o abraço único, as últimas palavras, promessas e desejos construídos juntos, porque um mundo em que nós dois não somos estranhos? Por que a tarde de sorrisos, sentados e cobertos pela sombra da árvore, um toque no rosto, mãos entrelaçadas e tudo a ser dito? Por que o silêncio, por que o desejo, por que os nossos corpos, por que os seus lábios, por que os meus os procura tanto? Por que as atitudes inesperadas, por que a distância, e que distância, por que a aproximação, por que você, por que eu, por que nós, por que isso? Por que não antes? Por que agora? Por que ontem? Por que não o amanhã? Por que o medo, por que o futuro, por que o pôr-do-sol nunca visto e Notre Dame a espera? Por que estou aqui e não ao seu lado? Por que o seu cheiro, por que o seu sorriso, por que o seu olhar, por que o eles e não nós?
Sabe aquela árvore, onde as folhagens ainda eram novas, e o frescor de fim de tarde vinha nos abraçar? Ela estar morrendo, que infelicidade, alguns bichinhos a "adoeceram", ela até que estar resistindo, sim, eu fui, sentei naquele banco branco e durante um bom tempo só fiquei a observar, ela resisti e ainda assim, consegue ter flores, naquela tarde...
não existe sentido, talvez em uma outra vida ou em outras escolhas, fôssemos eternos, porém nessa, só lutamos para que o hoje seja o eterno.

querendo o teu abraço...sentindo a tua falta, precisando de um nós.

Até, onde estiveres.



                               

Nenhum comentário:

Postar um comentário