Meu tão amado Ph,
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Aqui estou eu pensando em você e naquela bela noite estrelada do dia 12 de Março de 2006 quando fui a sua casa, pois estava precisando muito falar com você. Queria contar-lhe sobre o enorme sentimento que carrego no peito, o amor e o desejo de amar-lhe em toda sua plenitude. Dizer-lhe que eu precisava de alguém que cuidasse de mim, me protejesse e trouxesse um sentido para minha vida, e que eu o tinha elegido para esta tarefa.
Lembro-me que você me olhou de relance e ficou ali, parado, sentado a beira de sua cama, então, eu, tomado por um misto de medo e nervosismo, passei a mão em seus cabelos, o beijei, o abracei, e o embalei no meu carinho. Lembro-me que minhas mãos percorreram todo seu corpo fazendo uma viagem indescritível. Senti naquele momento, que meu sangue, aquecido pelo desejo, corria mais rápido em minhas veias. Fizemos amor. Um amor puro, lindo, maravilhoso, feito entre duas pessoas do mesmo sexo e descoberto de todo e qualquer preconceito. Um amor que transportou-me ao paraíso. Um amor onde pude sentir o calor de seu corpo junto ao meu... pude ouvir sua voz cristalina, cheirar seu perfume, olhar sua figura esguia, ter os seus olhos bem de encontro aos meus, enfim, experimentar-lhe em toda sua plenitude.
Meu amor, lembro-me que depois de todo o fato consumado fui pra casa tão feliz à cantarolar. A felicidade foi tanta que o caminho tornou-se longo e cheio de perfumes e cores. Quando cheguei em casa estava em estado tão letárgico por ter feito uma linda viagem com você meu amor, que precisei fechar a janela para não correr o risco de sair voando pelo espaço afora, até onde meu bebê estivesse, para mais uma vez fazer outra maravilhosa e exploratória viagem por cada curva de seu corpo.
Te amo muito ainda!!!
Beijos... Vasco Robson
